Chimamanda é uma escritora nigeriana, nascida no Estado de Anambra, em 1977. Escreveu vários livros importantes como: “Hibisco Roxo”, “Meio Sol Amarelo”, “Para educar crianças feministas” e “Americanah”, todas as obras de muito sucesso.
Sejamos todos feministas é um livro que nasceu em uma palestra TED, de 2013. A primeira questão interessante de pontuar é o conceito de feminismo dado por Chimamanda:
“Feminista seria o homem ou a mulher que diz: Sim, existe um problema de gênero ainda hoje e temos que resolvê-lo, temos que melhorar. Todos nós mulheres e homens temos que melhorar.”
Essa definição vai de encontro às ideias de senso comum de que feminismo seria mandar nos homens, não usar sapato de salto ou roupas bonitas e outros pensamentos bizarros. As ideias feministas partem do pressuposto de que, de uma maneira geral, as mulheres foram excluídas ao longo dos séculos e hoje algumas mudanças são necessárias.
A questão de gênero é algo bastante complicado, as pessoas se sentem desconfortáveis e até irritadas, quando falamos sobre isso. A ideia de mudar a realidade gera instabilidade.
Os meninos, em sua grande maioria, são educados para serem durões e isso tem um alto custo para eles. O ego (conceito freudiano de ego) se torna frágil e muitos acreditam que se houver igualdade irão perder poder, pois sua auto-estima está calcada em cima disso. A humanidade dos homens é abafada, enclausurando-os em uma jaula, falando que eles não podem sentir medo ou chorar. O machismo é opressor também para os homens.
Por sua vez, as meninas são educadas para agradar, serem bonitas, delicadas e jamais demonstrar suas raiva, isso gera opressão e energia psíquica reprimida, acarretando uma série de doenças psicossomáticas. Em todos os lugares vemos artigos e revistas ensinando as mulheres “como agradar o homem”, como conquistar o parceiro ideal para a sua vida”, mas não vemos o reverso disso: “como agradar a sua esposa”, por exemplo.

Hoje é notório que as mulheres ganham menos que os homens, exercendo a mesma função e tendo a mesma qualificação. A dupla e, às vezes tripla jornada de trabalho e muitas outras injustiças, que as pessoas estão cansadas de saber. Mas, o que eu acho mais bizarro é precisarmos de uma lei Maria da Penha, para punir agressores. Isso demonstra que a luta mal começou.
Eu como mulher, estou questionando muitas coisas aprendidas, que sem perceber internalizei na minha vida. A autora diz que começou a questionar várias aspectos aprendidos durante sua formação, mas que ainda se sente muito vulnerável.
Chimamanda diz que a cultura não faz as pessoas, mas as pessoas fazem a cultura. Se uma humanidade inteira de mulheres está excluída, ou prejudicada, então temos que mudar a nossa cultura.
Fica a dica de mais um livro incrível, para você homem ou mulher que quer questionar o status quo da nossa sociedade!
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