Dica: Filme: Millennium – Os Homens que não amavam as mulheres – David Fincher
Cena do filme: Rooney Mara como Lisbeth Salander
Se por algum acaso você ainda não tenha assistido a esse filme, por favor, vá assistir correndo!!! Eu vou me ater a versão americana, pois a versão sueca eu assisti há muito tempo.
O filme é baseado no livro homônimo de Stieg Larson e narra a história de uma investigação do desaparecimento de uma jovem há 40 anos. O enredo envolve temas complexos como: misoginia, antissemitismo e abuso de poder. O autor do livro passou sua vida denunciando grupos de extrema direita e casos de corrupção, assim como o periodista de sua narrativa.
A história gira em torno de Mikael Bloomkvist um jornalista de Estolcomo e dono da revista Millennium, que perdeu na justiça um processo, em que era acusado de difamação por um empresário desonesto. Lisbeth Salander é uma hacker brilhante, que invade contas bancárias e e-mails com a facilidade com que as pessoas apontam um lápis. A moça investiga o periodista a pedido de um magnata sueco chamado Henriq Vanger.
Vanger convida Bloomkvsit a escrever suas memórias e investigar o sumiço de sua sobrinha. Na reunião de ambos começamos a ver que a história é mais complexa do que parece, o desaparecimento foi há muito tempo, as pistas podem ter se perdido. Além disso, a família era simpatizante do nazismo.
A partir desse dado, entendemos que descobrir o que aconteceu com a moça não será tarefa fácil. Assim, Lisbeth será convocada a ajudar Mikael. Ambos começam a investigação de maneira desenfreada. São implacáveis!
As cenas são muito intensas. Fincher conseguiu transmiti-las de maneira dura e funesta. O episódio do estupro de Lisbeth por seu tutor é realmente terrível, por isso, muito bem feita. Igualmente, a cena de vingança da mesma é feita de maneira emocionante.
A interpretação de Rooney Mara, como Lisbeth Salander, em minha opinião foi genial. As cenas em que ela tira o capacete tomamos contato com uma criatura implacável de aparência andrógena.
A Lisbeth Salander personifica o oposto da figura autoritária (nazista no caso). Ela é fluída e adaptável, além de inteligentíssima. Sente empatia por aqueles que sofrem, no caso as mulheres.
A protagonista encarna o novo. A pessoa que luta contra um Estado, que a quer controlar. O dragão tatuado nas costas simboliza a si mesma. Lisbeth aprendeu a ser desconfiada, a não acreditar em ninguém. Ela está marcada, mas também marca e se vinga.
Cena do filme em que Lisbeth Salander se vinga de seu tutor.