Em 2007, o historiador inglês Jeremy Rinks foi até a Rússia pesquisar imagens da Segunda Guerra Mundial nos antigos arquivos soviéticos.
Os filmes que ele encontrou o deixou chocado. No documentário algumas imagens foram retiradas, pois eram terríveis demais.
Mesmo as que eles resolveram mostrar são bem horríveis, recomendo a quem for mais sensível ver com cautela.
O Holocausto teve outra faceta, que é menos conhecida no ocidente. Milhares de judeus foram assassinados a tiros e jogados em valas.
As imagens mostram o estágio inicial da Shoá. Elas contam com horas de filmes não editados, que foram realizadas, enquanto os soviéticos faziam os nazistas recuarem.
Os cinegrafistas faziam parte do Exército Soviético e andavam ao lado das tropas.
Os longas passavam em um noticiário no cinema para a população e exército soviético. Stálin visava sensibilizar a todos para o problema e com isso gerar um sentimento de vingança.
Conforme iam avançando os soldados viam as barbaridades cometidas no período da ocupação nazista e relatavam em cartas para seus familiares, o que comprova o conteúdo dos filmes.
Grandes multidões testemunhavam a abertura das enormes valas comuns. Nelas corpos eram desenterrados e reconhecidos por parentes e também eram examinados por médicos soviéticos para atestar crimes de guerra.
Os prisioneiros nazistas mostravam aos soviéticos onde estavam as valas e descreviam como era o procedimento para assassinarem as pessoas.
O maior massacre foi o de Babi Yar em Kiev na Ucrânia, onde 100 mil judeus foram assassinados com um tiro na nuca.
Perto da vala foi construído o campo de concentração de Syrets e nele foram internados muitos prisioneiros de guerra soviéticos, civis comunistas e judeus.
Importante ressaltar, que não se trata somente de estatísticas; essas pessoas tinham um passado: eram irmãos, pais, mães, avós….
Após o término da guerra, Stálin resolveu ignorar as filmagens, pois acreditava, que elas poderiam promover uma distinção dos judeus e os eslavos. Então, propagou-se que todos sofreram e ponto final.
A propaganda passou a priorizar os heróis russos e o sofrimento em geral, o que gerou um certo menosprezo ao Holocausto e ao sofrimento do povo judeu em específico no leste europeu.
Como demonstrou o historiador entrevistado Jeremy Riks ainda falta muito para compreendermos a dimensão do Shoá em sua totalidade.
Porém, uma coisa é certa temos que aprender com o passado para nunca mais isso se repita.
Acredito que seja uma documentário com cenas impactantes, mas se faz necessário o conhecimento dessa época sombria que pairou sobre o mundo. 😯 Excelente resenha como sempre, Juh. Abraços 😄
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E verdade, infelizmente é necessário!! Bjs!
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Nossa…nem sei definir o que senti….
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[…] via Resenha doc.: Holocausto: O que ninguém viu – Mike Ibeji — JuOrosco […]
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