As relações humanas precisam ser permeadas pela subjugação do outro?
O longa conta a história do personagem Damien (Vicent Elbaz), um rapaz chato e machista. Um típico Dom Juan que não perdia a oportunidade de dar cantadas manjadas em qualquer mulher que cruzava seu caminho.

Caminhando pelas ruas de Paris, o protagonista dá uma cantada em duas adolescentes, em uma distração ele bate a cabeça no poste e acorda em um mundo completamente diferente.
Segundo suas palavras, Damien passou de caçador à caça, ou seja, seu novo ambiente era o matriarcado.

Para sobreviver, o protagonista teve que se submeter aos ditames dessa sociedade, como por exemplo, andar de bermudas no joelho, depilar o peito, axilas e pernas.

As mulheres praticam atividades que exigem mais força, sempre exercendo as funções com melhores remunerações, dominando o mercado de trabalho.
Elas olham para Damien como se ele fosse um pedaço de carne ambulante, um objeto, da mesma maneira que o protagonista olhava para as mulheres.
Nesse ínterim, ele conhece Alexandra, que pratica boxe e é fã de carro. A jovem já passou por vários relacionamentos, em que os homens eram meros passatempos. Essa narrativa é bem interessante, a partir dela dá para fazermos várias reflexões. Não me alongarei nessa parte, para não dar spoilers.

Em uma cena, Damien fica bêbado em um bar e várias mulheres, percebendo a sua vulnerabilidade, o assediam e uma chega a quase estupra-lo.


O filme mostra que as coisas que consideramos “normais”, são na verdade formas de opressão.

Ao inverter os papeis, a obra nos faz refletir o quão ridículo são certas situações e condições. Como por exemplo, uma mulher ser contratada para um trabalho intelectual, tendo como base a sua aparência.
Ao mesmo tempo, que os homens no polly dance mostram a objetificação da mulher em nossa sociedade.

Alguém pode ter assistido e entendido que o filme prega uma inversão de papéis, uma sociedade em que as mulheres dominam os homens, como uma espécie de vingança, ou que a solução para tudo é nos tornarmos “Alexandras”. Lembrando, que todo masoquista esconde o sádico dentro de si.
O sádico e o masoquista comportamental são pessoas doentes e face da mesma moeda. Nos transformarmos em sádicas não tornará a sociedade melhor.
Acredito que o objetivo do filme é gerar empatia dos homens, fazendo com que todos imaginem como é estar em nossa pele.
A narrativa pegou leve, pois sabemos que, pelo menos no Brasil o machismo é bem pior do que o mostrado no longa-metragem. Se levarmos em conta as taxas de feminicidio e violência contra as mulheres, mesmo com a Lei Maria da Penha.
Eu não sou um homem fácil é um filme que recomendo fortemente que todos assistam.
Muito bom! Ri enquanto lia sua resenha😁Quero assistir👍😘
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O filme leva os temas sérios com bastante humor, o que é bem legal!! Acho que vc vai gostar! Bjs!
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Adorei! Assisti ontem mesmo😊Ótima dica de filme😘
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Que bom que gostou!!
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Eu assisti, achei muito bom!
Concordo com sua visão em relação a mensagem que o filme passa.😉
Aproveito para dizer Ju sua linda!
Que te indiquei à uma TAG.
Dá uma olhadela pra conferir.
https://cafeamorepoesia.wordpress.com/2018/05/16/tag-conhecendo-cada-blogueiroa/comment-page-1/#comment-881
😘☕
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Agradeço muitíssimo!! Fico muito feliz que tenha gostado do post!! Vou conferir a TAG!! Bjs!
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Esse filme é muito bom mesmo!!
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Concordo, Rayane! Abçs!
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