“Em 1915, os turcos nos atacaram, eles queriam nos eliminar.”
Estima-se 1,5 milhão de armênios tenham sido mortos no genocídio.
(aviso de gatilho)
O Império Turco-Otomano governava uma vasta região que ia do Cáucaso, passando pelos Bálcãs, Anatólia, Península Arábica e grande parte do Oriente Médio.
Mapa do Império Otomano.
Nas seis províncias orientais otomanas predominavam a população armênia. Havia uma hierarquia social, aqueles que não eram muçulmanos eram considerados súditos de segunda categoria, com menos poderes políticos.
Em 1914, na Primeira Guerra Mundial, o Império Otomano se juntou a Alemanha e Itália, contra Grã-Bretanha, França e Rússia.
Em 29 de dezembro de 1914, ocorreu uma batalha no Cáucaso, chamada Batalha Sarikamis, entre o exército russo e otomano, com vitória russa.

Nesse ínterim, o genocídio armênio começou a ser pensado com mais força, alimentado por um sentimento de vingança, visto que, russos e armênios são católicos ortodoxos, ou seja, queriam vingar-se dos russos na comunidade armênia.
Também, alguns armênios fugiram para lutar a favor dos russos, gerando ainda mais ódio.
Lembramos que até aquele momento o Império Otomano era um sultanato, ruindo e perdendo territórios. Ideias nacionalistas já seduziam a elite otomana.
No decorrer da guerra, grupos de extrema-direita tentaram tomar o poder e criaram o Comitê de União e Progresso, que obrigavam a população não muçulmana a se converterem ao islamismo.
Além disso, começaram a propagar paranoias e teorias da conspiração contra a população armênia, afirmando que eles eram manipulados por forças do mal. Tudo isso está na base do genocídio.
O genocídio foi organizado pelo Primeiro Ministro turco: Mehmet Talaat, o Ministro da Guerra, Ismail Enver e o Ministro da Marinha, Ahmed Jamal.
A primeira etapa para o morticínio foi a convocação dos homens armênios para o exército turco, quando chegavam ao front eram assassinados por soldados turcos.
Com as cidades armênias desprotegidas ficou fácil assassinarem mulheres e crianças.

As jovens eram vendidas para muçulmanos sírios como escravas, as crianças eram jogadas nos rios e no mar.
Uma entrevistada disse que sua avó armênia lhe contava que os rios ficaram vermelhos de tanta gente que os turcos degolaram.
Posteriormente, começaram uma “caminhada da morte”, em que armênios tinham que subir várias montanhas, dias a fio, com fome e sede.
O mais chocante é que se não bastasse tudo isso, os turcos crucificavam as mulheres, padres e crianças, assim dariam uma morte cristã.

Até hoje, a Turquia não reconheceu o genocídio armênio, esse fato cruel da História, não é ensinado nas escolas, o grosso da população não faz ideia de que isso ocorreu.
Ainda hoje, os armênios são chamados pelos turcos de “gavour”, que significa cão infiel.
O Brasil foi o destino de parte dos sobreviventes da diáspora armênia, a maioria se concentrou em São Paulo, onde há até a Estação Armênia do metrô.
Em Osasco também se concentra parte dos descendentes dos sobreviventes.
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Parabéns!
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Olá Camila, muito obrigada pelo incentivo, fiquei muito contente que está gostando do blog e do post!! Bjs!
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[…] Os turco-otomanos esperam que os muçulmanos se levantem contra o czar russo e declara guerra ao lado da Alemanha, foram derrotados nenhum islâmico ergueu-se para a guerra. Os turcos escolhem como bodes expiatórios a população armênia. (veja sobre o genocídio armênio: https://juorosco.blog/2018/08/29/resenha-doc-o-genocidio-armenio-100-anos-depois-nicolas-jallot/ […]
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