Em 26 de abril de 1986, o mundo viu seu pior acidente nuclear. Um desastre que poderia ter varrido a Europa do planeta.
Chernobyl fica na Ucrânia, na época do ocorrido era parte da antiga União Soviética.

Anatoly Diatlov era o engenheiro responsável pela usina nuclear, uma pessoa de capacidade questionável, que chegou ao posto de liderança, por ser filiado ao Partido Comunista e ter carreira política.
Victor Byukanoc foi a pessoa responsável pela construção, obrigado pelo governo a aprovar o projeto com rapidez para que todos os envolvidos ganhassem prêmios, a segurança ficou em segundo plano.
Ninguém sabia que havia uma falha estrutural no reator número 4, que o tornava instável, quando operado em baixa potência. O governo passou a exigir testes, depois que Israel, anos antes, bombardeou uma usina nuclear iraniana, construída pelos soviéticos.

Anatoly Diatlov não cumpriu as diretrizes, cuja determinação era que os testes fossem feitos à potência de 700 megawatts, o engenheiro ordenou que fosse realizado em 200 megawatts, a fim de preservar a água de resfriamento do reator. Essa decisão acarretou o maior desastre nuclear da história.

Nenhum engenheiro da equipe bateu de frente com essa decisão, pois havia chances de cumprirem pena na Sibéria por insubordinação.
A população que trabalhava em Chernobyl morava em uma cidade próxima, chamada Pripyat, um lugar construído para abrigar os trabalhadores da usina e seus familiares.
Após a explosão, ninguém recebeu nenhuma orientação, pelo contrário, o governo falava que estava tudo bem. A mídia, era censurada, não podia denunciar nada.
Os primeiros bombeiros, enviados para conter o fogo, foram sem nenhuma proteção e acabaram morrendo.
A população de Pripyat foi evacuada somente três dias depois e não puderam levar nada, pois tudo estava contaminado. Muitos morreram dias depois e outros tiveram câncer na hipófise.

Grande parte não entendia o que estava acontecendo, pois acreditava que deveria deixar a cidade, somente se fosse atacada por um inimigo visível, dessa forma, alguns idosos se recusaram a sair e seus corpos foram encontrados um dia depois. O nível de radioatividade era 50 vezes maior que o normal.
A dimensão do desastre ainda era ignorada, enquanto isso, o vento levava a radioatividade para a Europa ocidental, chegando à Suécia.
Os suecos deram um sinal de alerta e pediram informações à Moscou, que negou qualquer acidente.

O que o mundo ainda não sabia era que muita gente já tinha morrido, muitos militares destacados para conter a contaminação radioativa faleceram de forma horrível.
A população de Kiev (Ucrânia) deveria ter sido evacuada, mas não foi por conta das comemorações do 1 de maio (dia do trabalhador) e muita gente ficou contaminada, devido uma festa que não podia deixar de ser feita.
Quando satélites espiões norte-americanos descobriram a cratera em Chernobyl, a União Soviética não pode mais negar os fatos. Porém, os jornais soviéticos deram a notícia de maneira rápida e evasiva.

Enquanto isso, mais de 600 pilotos morreram ao jogarem terra na cratera e muitas crianças desenvolveram câncer, depois de alguns meses.
Um grupo de cientistas foi destacado para conter o desastre, mas foram atrapalhados pela KGB, que os vigiavam para que os relatórios fossem alterados, nada poderia ser feito sem a ordem dos agentes.
Todos os engenheiros, que estavam trabalhando na usina morreram, com exceção de Anatoly Diatlov (engenheiro chefe) e Sasha Yuchenko, um dos componentes da equipe de engenheiros.
Interessante analisarmos como se comportava a ditadura soviética. A população era tratada como descartável, a politicagem e a propaganda sempre estiveram em primeiro plano.
Também, esse acidente nos mostrou os perigos de um desastre nuclear, que pode aniquilar a humanidade.
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Muito bom!
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