“Sobibor” é um filme russo de 2018, representante da Rússia no Oscar em 2019, que conta a história de uma revolta em um campo de extermínio nazista, localizado na Polônia ocupada.
No local morreram mais de 2 mil pessoas em câmeras de gás. O objetivo de sua construção, assim como outros campos, era aproveitar a mão de obra escrava e assassinar como parte da Solução Final, os judeus poloneses e soviéticos, principalmente.
O filme começa com um trem de carga, pessoas de todas as idades e condições financeiras desembarcando os seus pertences.

Somos apresentados a alguns personagens vindos de Minsk, poucos ainda demonstram inocência, achando que estão ali para construir algo, outros já sabem o que o destino reserva.
A seleção é feita e uns vão para o trabalho, outros para a câmera de gás. Krabensky não poupa nenhum detalhe.

Os primeiros a chegar e sobrevivem ao processo de seleção vão para sessão conhecida como “Canadá”, que era onde os prisioneiros separavam os pertences de valor para entregar aos nazistas. Esse trabalho era acompanhado bem de perto pelos SS, devido ao óbvio interesse.
Os judeus designados para essa função, não tinham suas cabeças e pelos raspados e, assim vemos no filme.
Depois dos judeus de Minsk, chegam alguns militares judeus soviéticos capturados, dentre eles Alexander Perchersky, interpretado pelo próprio Konstantin Khabensky.
O cineasta e ator constrói o personagem com uma personalidade bem diferente de seus colegas, que chegam a duvidar se ele é realmente da religião judaica.

Seu olhar é de um lobo e não de uma ovelha, como ele enxerga os outros prisioneiros submissos, que segundo Perchersky só sabem rezar.
O rapaz é acompanhado por uma moça, que na minha opinião não é real, mas representa um grande sentimento de culpa carregado pelo personagem por algo que acontecido no passado.
O filme segue mostrando o dia a dia horrível e os poucos que ousam a questionar acabam apanhando dos seus companheiros.
Mas, chega um momento que há uma quebra na rotina, quando alguns nazistas chegam para uma confraternização no campo.

Algumas coisas horrendas acontecem e os judeus decidem que não dá para ficar esperando a guerra acabar com esperança de sobreviverem.
Os personagens sofrem modificações em suas personalidades, pois quando chegam estão submissos, porém com o tempo e o conhecimento das atrocidades cometidas, eles começam a colocar as esperanças em Perchersky, chegando até mesmo a chama-lo de Moisés.

Como é de conhecimento de todos, eles conseguem fazer a fuga, mas como isso acontece, eu deixarei para vocês verem.
O filme é muito bom, tem uma edição excelente. Li algumas críticas dizendo que muitas cenas são muito violentas e que o ambiente do campo por si só já é um inferno.
Quem está acostumado com os longas soviéticos e russos sabe que eles não nos poupam de nenhum detalhe. O nazismo foi realmente uma barbárie sem tamanho e mesmo as representações fílmicas e literárias jamais darão conta do extremo absurdo dessa realidade.
Um ponto que é importante avisar é que o filme pode causar alguns gatilhos em pessoas que tenham depressão.
Para saber mais sobre a revolta em Sobibor, veja essa resenha, aqui conto em detalhes: https://juorosco.blog/2019/01/18/resenha-doc-campo-de-exterminio-a-grande-fuga-natgeo/
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https://www.jewishgen.org/ForgottenCamps/Camps/SobiborEng.html
Ahhh mais um para a lista! Thanks 😉
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