“Quando os ricos fazem a guerra, são sempre os pobres que morrem.” Jean Paul Sartre
A vida pela notícia versa sobre as consequências na vida dos jornalistas espanhóis que vivem cobrindo guerras e conflitos.
O documentário é feito a partir de testemunhos e imagens nos levando a compreender a complexidade de trabalhos, que muitas vezes não imaginamos como são feitos e os riscos de morte que as pessoas dedicadas a nos trazer as notícias correm.
Também a obra nos mostra como fica o psicológico de pessoas, cuja vida é dedicada por anos a testemunhar o pior do ser humano.

Praticamente todos disseram que quando voltam para a Espanha sofrem de depressão, síndrome do pânico e stress pós-traumático. Além disso, poucos conseguem manter a família e a solidão aparece em praticamente todos os relatos.
O documentário mostra os jornalistas arriscando a vida em vários conflitos: Afeganistão, Iraque, Síria, Faixa de Gaza, Libéria, Serra Leoa e na guerra da Bósnia. Em todos os casos, eles não sabiam se voltariam para a casa.

Na guerra no Afeganistão e Síria é comum o sequestro de jornalistas, alguns ficaram presos por um longo período, sendo torturados, mas tiveram a sorte de serem libertados, outros infelizmente foram assassinados.

Encontramos o desrespeito à profissão de jornalista, às vezes dos dois lados do conflito, por exemplo, no Iraque, simplesmente um tanque americano atira em um hotel, onde todos sabiam que estava hospedada toda a imprensa internacional. Nesse momento faleceu um jornalista da Reuters.

Me chocou muitíssimo, além dos jornalistas assassinados, uma periodista que foi estuprada por dias no Egito. O preço das notícias é realmente impagável.
Esse documentário me lembrou os casos brasileiros, como o do jornalista Tim Lopes assassinado por um traficante, por fazer uma matéria sobre o tráfico de drogas e prostituição nos bailes funks.

Segundo relato do Ministério Público, de 1995 a 2014, foram assassinados 64 jornalistas brasileiros no exercício da profissão, fora as constantes ameaças de morte, que muitos recebem.
O cineasta Herman Zin é correspondente de guerra, escritor e diretor de origem argentina e italiana vive em Madri. Após sofrer um acidente quando cobria a guerra do Afeganistão em 2012, ele desenvolveu o projeto desse documentário para entrevistar seus colegas de profissão.
Fica a dica para vocês de um documentário para refletirmos sobre os riscos da profissão de jornalista.
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