“Um dia de fúria” é um thriller, com um toque de humor negro, de 1993, que se passa em Los Angeles. A narrativa traz alguns temas importantes para refletirmos, apesar de estarmos em 2019, a história ainda é atual.
Bill é o protagonista, um homem de mais ou menos 40 e poucos anos, vê sua vida desmoronar quando ele perde o emprego e sua esposa pede o divórcio.

O personagem encarna o tipo do homem, branco, pobre e ressentido, que se sente rebaixado em sua em sua dignidade.
“O ressentimento, seja individual ou coletivo, nasce de uma humilhação, ou de um trauma, que pode ser ocasionado pela extração social, pela fraqueza física também, de maneira geral por um complexo de inferioridade.” Marc Ferro. In: “O Ressentimento na História”.
O contraponto a Bill é feito pelo personagem do detetive Prendergast, que está em seu último dia de trabalho, pois irá se aposentar. Ele é o único policial que presta atenção, quando as informações dos feitos do protagonista chegam à delegacia.
Com uma vida difícil, casado com uma mulher depressiva e obsessiva e ainda perde uma filha pequena, Prendergast abriu mão de policiar as ruas para fazer trabalhos burocráticos. No entanto, ele não desenvolve ressentimentos em relação ao seu destino.

Bill vê as injustiças sociais dos Estados Unidos, em uma cena, ele aparece com um sapato furado, antes já o vimos em um carro antigo que ele abandona no trânsito infernal.
Também vemos junto com o protagonista placas de pessoas falando que são descartáveis, gente pedindo emprego em troca de comida e assim por diante.

O protagonista não consegue compreender a dinâmica do sistema capitalista, que é cíclico e complexo, dessa maneira, ele responsabiliza e se vinga dos imigrantes: o coreano, que não sabe falar inglês direito e ainda vende os produtos com valores exorbitantes, os latinos que fazem gangues nos bairros e o proíbe de entrar em um território, que ele considera seu.

Posteriormente, vemos um nazista não à toa se identificar com Bill, no entanto, como disse o protagonista: “Eu sou americano, acredito na liberdade.” Essa frase é o cerne do personagem, ele é um americano que acredita na democracia liberal e se sente lesado, portanto, rompe o “contrato” social se vingando de todos os seus opressores.

Ainda temos o problema do mal atendimento em um fast food, nessa cena percebemos que Bill quer ser tratado de forma vip, fazendo com que o restaurante quebre suas regras para atende-lo e não é isso que acontece.
Em outro momento, percebemos o ressentimento em relação a classe social extremamente nítido, quando o personagem invade um campo de golfe, porque não quer dar a volta e perder tempo.

Bill ainda é um personagem atual, pois vemos muitas formas de comentários que demonstram muito ressentimento, principalmente no território da internet.
Se você ainda não assistiu esse filme de 1993, recomendo bastante que você dê uma chance, pois nos traz reflexões que ainda são atuais.
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Excelente filme. Retrata muito bem a vida das pessoas que são massacradas pela rotina do dia a dia.
Boa dica de filme…
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É verdade!!! Obrigada pela visita! Abraços!
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Sensacional ❤️
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Verdade, um filme que na história não envelheceu!
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O filme é realmente repleto de reflexões, principalmente sociais.
E quem nunca quis libertar suas raivas e frustrações em um dia de fúria?
Abraço.
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Olá Gabriel, é verdade, todos nós já nos sentimos injustiçados em algum momento. Bill rompeu todos os “contratos” sociais e se vingou!! Abraços!!
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Oies Ju! Mais uma vez vc aumentando a minha listinha de filmes para ver 😉 Thanks!
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Esse filme é bom mesmo!! Vale a pena dar uma chance para ele!! Bjs!
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Michael Douglas impecável nesse papel. Excelente filme e ótima resenha, parabéns!
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Olá Italo, concordo plenamente, Michel Douglas sensacional!! Obrigada pela visita! Abraços!
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