“A ciência sem fé é loucura e a fé sem ciência é fanatismo. Martinho Lutero
A série brasileira da Netflix, “O Escolhido” trabalha a dualidade entre a fé e a ciência.
Três jovens médicos são enviados para um vilarejo no Pantanal a fim de vacinar a população contra uma mutação do Zika vírus.
A Secretaria da Saúde do Mato Grosso faz contato com o médico do local e recebe a seguinte mensagem: “Por favor, não venham.”

Mesmo diante dessa mensagem bastante estranha, os médicos precisam vacinar a população e decidem ir até ao vilarejo.
Perto do local, encontram um pescador que os advertem que o povo de Aguazul não gosta de receber visitas, muito menos de médicos.
Quando eles chegam ao destino são recebidos com hostilidade pela população e acontece algo bastante inusitado.

As pessoas deixam muito claro, elas não querem ser vacinadas, não acreditam na ciência, pois quando ficam doentes são curadas pelo “Escolhido”.
Até então, não sabemos nada a respeito desse missionário, somente que toda a cidade gira em volta dele e nada é feito sem a sua permissão.

A narrativa lembrou um pouco o messianismo do Antônio Conselheiro, líder do arraial de Canudos na Bahia. Uma população pobre e monarquista que não queria a intervenção do Estado em suas vidas, assim como o povo de Aguazul. Porém, as semelhanças ficam somente nesses aspectos.

A narrativa é bastante interessante, sempre mantendo o suspense entre um episódio e outro. A fotografia é muito bonita e a edição bem feita.
Minha única crítica é em relação a algumas frases que soam estranhas ou superficiais e acredito que tenham sido colocadas para facilitar a tradução para o inglês.
A partir daqui vou deixar com vocês, para não correr o risco de dar spoilers.
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