O secretário especial da cultura do governo do presidente Jair Bolsonaro, Roberto Alvim fez um discurso semelhante ao do ministro da propaganda de Hitler, Joseph Goebbels.
Além da retórica parecida, o ex-secretário especial da cultura colocou como música de fundo uma do compositor Richard Wagner conhecido por afirmar, que os judeus eram vermes que deveriam ser erradicados.

Dentro desse contexto, vamos entender um pouco quem foi Goebbels.
Ele foi o cabeça de toda a propaganda nazista, que incluía jornais, treinamento para discursos, reuniões de massa, cultura, filmes, programas de rádio e o Escritório de Propaganda Ativa, que coordenava os discursistas, supervisionava a escrita de panfletos e produzia pôsteres.
Antes de entrar no Partido Nazista com 27 anos, Goebbels era um PHD e escritor falido, trabalhava em empregos que não tinham nenhum futuro.
Quando conheceu Hitler, ele acreditou que o líder do referido partido poderia levar Alemanha a glória.
Joseph foi um manipulador da opinião pública e extremamente egocêntrico explorou sua posição como Ministro da Propaganda para ter uma série de casos extraconjugais com belas atrizes de cinema e mobiliar seus escritórios e apartamentos com inestimáveis tapeçarias, antiguidades e obras de arte pagas com orçamento do Ministério do III Reich.

Goebbels buscou compensar sua deformidade física (mancava de uma perna) exercendo poder sobre as pessoas, por exemplo, seduzindo incontáveis mulheres e relatando tais conquistas em seus diários. Era casado com Magda Goebbels e pai de 6 filhos.

Embora fosse extremamente antissemita, antes da Segunda Guerra, ele manteve um longo caso com uma atriz judia e anotava obsessivamente todas as vezes em que tinham relações sexuais.
Os comunistas e os judeus foram trabalhados como os inimigos de sempre. Sob o comando do ministro da propaganda, a publicidade da extrema direita no ocidente cresceu exponencialmente.
O público da época não estava acostumado com as mídias de massas acreditaram em tudo que era veiculado piamente. Assim, eles criavam o que hoje nós chamamos “fake news”.
Em todas as propagandas a imagem do judeu foi veiculada como pessoas pobres, desprezíveis e sujas. A partir dela a comunidade judaica foi eleita inimiga da nação alemã.

Quando Hitler se tornou chanceler, todo artista que vivesse na Alemanha, fosse ele escultor, pintor, arquiteto, escritor ou músico – deveria se associar a Câmara de Cultura do Reich, organização idealizada por Joseph Goebbels que tinha como proposta controlar o mundo das artes.
Obras consideradas judaicas eram vistas como degeneradas e consideradas ofensivas à cultura alemã.
Instituiu-se uma verdadeira caça à produção dos pintores ditos “degenerados” que, enquanto indesejáveis, estavam proibidos até mesmo de comprarem material de pintura.
Em 19 de julho de 1937, foi inaugurada na Alemanha uma exposição oficial denominada: “arte degenerada”, que expunha obras não vinculadas ao regime nazista e atribuídas a judeus, negros, marginais ou comunistas.
Um dia antes havia sido aberta a exposição pró nazismo, denominada Grande Exposição de Arte Alemã.
O objetivo era que o público visse as duas e fizesse um contraponto. Cento e doze artistas foram considerados degenerados dentre eles: Grosz, Kandinsky, Paul Klee, Nolde, Van Gogh e Picasso.

As obras “degeneradas” foram catalogadas dessa forma: Arte judaica, invasão bolchevique na arte, ultraje aos heróis e natureza vista por espíritos enfermos. Os mais perseguidos foram os cubistas e surrealistas.
Ao lado das telas dos artistas de vanguarda, eram expostos desenhos feitos por deficientes intelectuais, para que as pessoas associassem uma coisa à outra.
O critério de seleção para expor na Grande Exposição de Arte Alemã eram os seguintes: retratar o heroísmo alemão, enaltecer os ideais nórdicos de beleza e pureza de raça, mostrar soldados, agricultores, família tradicional e o Hitler.
Os artistas adeptos do nazismo se esmeravam em copiar modelos gregos, nesse molde foram produzidos 2 mil filmes, milhares de romances, centenas de poemas, monumentos, esculturas e afrescos.

Em relação aos artistas “degenerados” mais de mil obras acabaram nas mãos dos nazistas e nunca foram devolvidas. A grande maioria dos quadros foram queimados em Berlim.
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Referências: Maria Luiza Tucci Carneiro e Celso Lafer. Judeus e Judaísmo na obra de Lasar Segall. Jeffrey Hert. Inimigo Judeu. Paul Rolad. A vida secreta dos nazistas.
Tenho dúvidas se isso foi intencional para comprometer o governo ou se foi um ato falho de um simpatizante ao nazismo.
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Um dos grandes problemas que enfrentamos é a falta de conhecimento sobre o passado…
O outro é a falta de capacidade crítica sobre o presente…
Tempos difíceis. Não é a primeira vez. Não será a última…
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Concordo plenamente!!!
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Na minha modesta opinião Paul Joseph Goebbels foi um dos maiores gênios da propaganda de todos os tempos,ele era o homem mais culto e inteligente do nacional socialismo,o discurso sobre a ”Guerra Total ” foi épico.Joseph Goebbels foi o homem que ”lapidou Hitler” e alavancou a retórica nazista,alimentando de uma forma absurda o anti semitismo que já existia na Alemanha.O mais triste de tudo é que Goebbels usou toda a sua genialidade para o mal em todos os sentidos (intolerância, crueldade, perversidade,fanatismo) e essa loucura chegou ao ápice quando Gobbels sacrificou a própria família em nome de uma ideologia A devoção dele ao Fuhrer era doentia e inexplicável.
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Não sei se o Goebbels era o cara mais inteligente do Partido Nazista, pois acho que o Hwydrich, considerado o nazista perfeito, talvez estabelecia alguma competição com o Goebbels. Mas, sem dúvida, sem o Goebbels acho que o nazismo não teria alcançado o que foi.
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