Alon Confino é um historiador israelense. Atualmente, ele atua como diretor do Instituto de Estudos sobre Holocausto, Genocídio e Memória e professor de História e Estudos Judaicos na Universidade de Massachusets.

O autor busca explicar o Holocausto a partir do imaginário e das fantasias nazistas.
Confino não invalida as outras teorias a respeito da Shoah, como por exemplo da Hannah Arendt que propõe que a mentalidade que gerou o Holocausto foi forjado pelos europeus no Imperialismo na África e na Ásia e no antissemitismo, que surgiu muito antes do nazismo.
Nem também sobre a ligação entre a modernidade e o Holocausto, sobre as partes técnicas que possibilitaram o genocídio, como a mentalidade industrial, locomotivas, desenvolvimento da química, biologia. Nada disso é desprezado. Dessa maneira, o autor recorre ao inconsciente nazista (embora ele não utilize essa palavra) para poder explicar o que levou os alemães a cometerem tantas atrocidades.
Os nazistas colocavam os judeus como responsáveis por tudo que era ligado a modernidade: bolchevismo, marxismo, liberalismo, capitalismo, conservadorismo, pacifismo, ateísmo, democracia, aborto, feminismo, homossexualidade e o aborto.
Pela arte da Bauhaus, pelo jazz, impressionismo, pós impressionismo, cubismo, dadaísmo e expressionismo. Tudo isso eram ideias abominadas pelo nazismo e eles creditavam a criação de tudo isso aos judeus.
O que os alemães começaram a imaginar foi uma Alemanha “pura”, sem os judeus e os vícios modernos.

O autor nos mostra que não estava em voga somente as ideias raciais, mas os nazistas se colocaram numa cruzada contra tudo isso que eu citei e os judeus eram os grandes inimigos e responsáveis por todos esses males.
Os autores de origem judaica tiveram seus livros queimados em piras, para simbolizar que eles estavam queimando todos o pensamento judaico. Autores como: Freud, Marx e Rosa Luxemburgo eram considerados os principais inimigos.
A obsessão com os judeus era resultado não de uma crença nos judeus como fracos e insignificantes, mas, ao contrário, a crença em seus incríveis poderes.
Os nazistas imaginavam um mundo sem judeus até em lugares que não existia judeus.
Havia cidades que não tinha comunidade judaica, e os alemães escreviam em pensões, restaurantes etc essa cidade está livre de judeus.
Um ponto muito importante apontado pelo autor foi a queima da Bíblia Hebraica e o fato dos nazistas estarem reescrevendo a história judaica, colocando os arianos no lugar.
Os alemães queimaram rolos e rolos da Torá, queimaram também a Tanah a Bíblia Hebraica.
Os rolos da Torá foram pisoteados, levados de bicicleta, amarrados nas costas dos judeus, atirados em rios, despedaçados e incendiados.
Apesar de nunca esconderem a raiva que eles tinham dos cristãos, os nazistas nunca consideraram erradicar o cristianismo, mas erradicar as raízes do judaicas do cristianismo.
Dessa maneira, eles pretendiam reescrever a Bíblia Hebraica (o Velho Testamento) e colocar os arianos no lugar dos judeus.
Jesus passaria a ser o Messias do povo ariano, sendo também um ariano.
Do ponto de vista do autor a sociedade ocidental seria varrida junto, porque da mesma forma que o nós somos herdeiros da Grécia e de Roma, somos herdeiros também da cultura judaica.
Compre o livro! https://amzn.to/3jBdsrG
Me siga no Instagram!
Segunda Guerra Mundial, Nazismo e Holocausto: https://www.instagram.com/maizjuliane/
Arte, Literatura e História: https://www.instagram.com/juliane.orozco
Oi Juliane! Não sabia do seu canal no YouTube. Vou me inscrever.
Achei esse livro muito interessante. Conhecer esse ponto de vista do autor me pareceu importante… vou procurar.
cafeebonslivros.blog
CurtirCurtido por 1 pessoa
Que bom, fico contente! É realmente um livro muito interessante e importante. Abraços.
CurtirCurtido por 1 pessoa
Estou adorando visitar e ler seus conteúdos, são sempre os melhores!
CurtirCurtido por 1 pessoa
Muito obrigada, Bianca! Fico contente!
CurtirCurtir